Autor Tópico: eletroerosão caseira  (Lida 66534 vezes)

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Offline ivancoimbra

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #75 Online: 19 de Julho de 2009, 23:47 »
Infelismente não,e só teoria mesmo esse livro, inclusive tem um bom capitulo sobre cnc,assim que tiver temo vou scanear tambem, mas no livro do
Robert Langlois - Building an EDM, tem muinta coisa pratica

Offline minilathe

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #76 Online: 20 de Julho de 2009, 00:29 »
Oi Ivan,

Infelismente não,e só teoria mesmo esse livro, inclusive tem um bom capitulo sobre cnc,assim que tiver temo vou scanear tambem, mas no livro do
Robert Langlois - Building an EDM, tem muinta coisa pratica

Aguardarei novidades suas  ;)

O livro do Langlois só apresenta fonte do tipo RC. Mas, acho que já dá pra montar a fonte da "miniedm versão 1.0" usando fonte RC. Mas gostaria de avaliar a possibilidade de uma fonte chaveada, pra ter maior rendimento (mm3/mim/A), aumentar a taxa de usinagem e não ter uma penca de resistores aquecendo à toa...

Tenho algumas idéias sobre uma fonte chaveada para EDM, mas não gosto de re-inventar a roda...

Offline C N C N o w !

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #77 Online: 20 de Julho de 2009, 07:43 »
Infelismente não,e só teoria mesmo ...

Já temos o primeiro caso de indigestão ... huá. huá, huá ...  ;D

Offline F.Gilii

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #78 Online: 20 de Julho de 2009, 08:35 »
Bem,

O papo está animado, os documentos sao ótimos mesmo, mas eu diria que um bom caminho para começar seria definir o que sefá feito para a fonte...

Como eu não sou hábil em construções eletronicas e já tenho um trafo que fornece 50Vac ou 80Vac e deve ter uns 8 ou 10A, e este será a vítima da vez...

Decidí que a fonte que vou fazer será baseada em um dos livros que já conhecemos, mas é claro que se mais para frente a tal fonte chaveada estiver disponível e eu puder construir uma, terei o maior prazer em trocar de brinquedo.

Daqui a umas duas semanas devo ir a Sampa no encanço dos resistores e capacitores.

A parte mecanica vai começar a tomar sua forma definitiva a partir desta semana.
« Última modificação: 20 de Julho de 2009, 08:42 por fgilii »

Offline F.Gilii

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #79 Online: 20 de Julho de 2009, 08:50 »
Para aqueles que pretendem fazer uma fonte (ou até um circuito) diferente - dei uma olhada naquele documento que o Ivan postou, e no final ele mostra umas idéias de circuitos que não são RC, e talvez seja interessante estudá-los.

Como meus conhecimentos não são bons nessa área, não posso opinar.

Offline luciano g

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #80 Online: 20 de Julho de 2009, 10:03 »
minilathe
realmente não tem eficiencia comprovada era demorada mas para não jogar 1 dia de trabalho fora eo material  tava de bom tamanho

edu
eu usava o proprio fio da bobina o oleo diezel mudava de cor a bobina esquentava de fazer agua ferver, como falam tosco, mas se eu fizesse ela hoje, copiaria a do robert que segundo ja li deve ser mil vezes melhor que a minha mas tambem ja li que a dele não é das melhores mas serve de caminho para fazer uma melhor

fgilii

em vez de comprar estas resistencias porque não tirrar o rolo de fio de niquel cromo do armario os caps poden ser eletroliticos comuns tipo47u400v à 1,20 reais e100u400và 3 reais

jorge

tem mais algum doce na manga


ivam muito obrigado

Offline F.Gilii

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #81 Online: 20 de Julho de 2009, 10:12 »
em vez de comprar estas resistencias porque não tirrar o rolo de fio de niquel cromo do armario
Meu armário nao tem fio de NiCr à vontade - os últimos metros foram usados para fazer um forno de ceramica.
Citar
os caps poden ser eletroliticos comuns tipo47u400v à 1,20 reais e100u400và 3 reais
Sim - mas aqui na minha cidade não tem dessas modernidades de capacitores...

Offline minilathe

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #82 Online: 20 de Julho de 2009, 10:48 »
Para aqueles que pretendem fazer uma fonte (ou até um circuito) diferente - dei uma olhada naquele documento que o Ivan postou, e no final ele mostra umas idéias de circuitos que não são RC, e talvez seja interessante estudá-los.

Como meus conhecimentos não são bons nessa área, não posso opinar.

Já estou estudando o circuito chaveado, lembra muito as fontes chaveadas, que já trabalhei um pouquinho.

Mas vamos começar com fonte do tipo RC, acho que uma fonte do tipo RC, com um Trafo de 50 a 80V x 3 a 5A, capacitores de até 400 uF, está de bom tamanho neste momento...

Os capacitores devem ter baixa resistência interna e baixa indutância parasita, para maximizar a corrente de descarga. Os eletrolíticos não são os melhores, mas "quem não tem cão"....

Os caps de poliester são os melhores (o prob é o valor de capacitância), usar vários capacitores em paralelo diminui a resistência e a indutância parasita. Nos cabos, usar vários fios finos em paralelo, ao invés de um fio grosso, minimiza a resistência e a indutância do circuito, aumentando a corrente de descarga e diminuindo as perdas e aquecimento no sistema (nos caps inclusive). Cabos planos (fitas) também são preferíveis que os de seção cilíndrica.

O circuito de controle de avanço pode ter o esquema que postei acima (versão 1.0 ou 1.1) e um pequeno motor de passo. Se tiver uma redução (correia dentada) melhora a resolução de controle do gap, usando um motor com 200 ou 400 passos e fuso de 1mm de passo.

Tenho uma correia dentada (tamanho 110XL050) que vou tentar usar, mas faltam as polias. Alguém poderia dar um help? Polias desse tipo, aqui no RJ, não se acha fácil e se achar é caríssimo (centenas de R$). Acho que uma correia mais estreita, tipo MXL de 1/4" ou 3/8" de largura, seria melhor não?

Alguém poderia postar um desenho mecânico de sugestão de cabeçote?

O livro do Langlois apresenta um desenho, mas acho que pode ser melhorado (modernizado) quanto a rigidez mecânica e que tenha pouco atrito e histerese. Penso em usar uma porca de acetal (para minimizar folga), fuso de 1mm e duas guias cilindricas em aço prata de 8mm de uma sucata. O que acham? Aluminio seria mais leve e melhor?

Offline F.Gilii

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #83 Online: 20 de Julho de 2009, 11:07 »
Não sei se é a fonte que deve ser chaveada - pelo que entendo, o correto seria ter um circuito composto por transistores (ou o que valha) e estes controlados de forma a trabalharem em regime pulsante (desculpe se não uso os termos certos - eletronica nunca foi minha praia.)

Este último documento que o Ivan gentilmente cedeu mostra um circuito muito interessante (onapulse se não me engano),m e o que me chamou a atenção lendo o texto, é que os demais circuitos - Lazarenko, RC, RLC e outros tem como característica um consumo relativamente elevado do eletrodo.

Este mesmo comentário é feito pelo Ben Flemming e creio que isso possa ser melhorado com um circuito adequado e bem ajustado (e dotado de algumas regulagens ou variáveis).

Não lembro bem se no circuito simples do Robert ou do Ben está dotado de diodos colocados na saída do circuito para diminuir um problema comentado pelo Espanhol.
O espanhol cita que o cabo se transforma num indutor e por esse motivo aparecem uns problemas junto aos capacitores, ou na forma que eles descarregam, algo assim...

O tal diodo serve para diminuir (ou eliminar) um fenômeno que foi chamado de "ringing" (não lembro se citado por Ben Flemming ou Robert Langlois).

Me parece que é este fenômeno que diminui a vida útil do eletrodo.

Offline marc0

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #84 Online: 20 de Julho de 2009, 11:24 »
Uma pergunta!
Um transformador de solda de núcleo variável poderia ser usado como fonte?

Offline minilathe

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #85 Online: 20 de Julho de 2009, 12:16 »
Não sei se é a fonte que deve ser chaveada - pelo que entendo, o correto seria ter um circuito composto por transistores (ou o que valha) e estes controlados de forma a trabalharem em regime pulsante (desculpe se não uso os termos certos - eletronica nunca foi minha praia.)

O termo que usei (chave) se aplica a circuitos que operam sob regime pulsado (como uma chave ON-OFF), não exatamente uma fonte chaveada. Apesar de estas fontes também operarem no mesmo regime. Os circuitos chaveados também são usados em máquinas de solda TIG, inversores de frequência, ...

Este último documento que o Ivan gentilmente cedeu mostra um circuito muito interessante (onapulse se não me engano),m e o que me chamou a atenção lendo o texto, é que os demais circuitos - Lazarenko, RC, RLC e outros tem como característica um consumo relativamente elevado do eletrodo.

Este mesmo comentário é feito pelo Ben Flemming e creio que isso possa ser melhorado com um circuito adequado e bem ajustado (e dotado de algumas regulagens ou variáveis).

Não lembro bem se no circuito simples do Robert ou do Ben está dotado de diodos colocados na saída do circuito para diminuir um problema comentado pelo Espanhol.
O espanhol cita que o cabo se transforma num indutor e por esse motivo aparecem uns problemas junto aos capacitores, ou na forma que eles descarregam, algo assim...

O tal diodo serve para diminuir (ou eliminar) um fenômeno que foi chamado de "ringing" (não lembro se citado por Ben Flemming ou Robert Langlois).

Me parece que é este fenômeno que diminui a vida útil do eletrodo.

Pois é..., como os pulsos são de largura estreita (curtos), da ordem de dezenas a centenas de microsegundos, a indutância do eletrodo e dos cabos (da ordem de nanohenries a microhenries) passam a ser significativas. Como voce sabe, uma indutância tem a capacidade de armazenar energia na forma de campo magnético, mas depois essa energia é devolvida ao circuito na forma de corrente de mesmo sentido e aí ocorre esse desgaste. A questão é o controle dessa corrente, para que ocorra no eletrodo apenas nos momentos em que pode realizar algum trabalho útil. Controlar a corrente também ajuda a melhora o acabamento e minizar o aquecimento no entorno do trabalho (zona termicamente afetada). Dê uma olhada em:
 
http://www.make-it-better.us/article.cfm?articleID=35

Interessante, sobre a evolução da tecnologia EDM.

Eu acho que o esquema do livro em espanhol está errado, pois o diodo como está ligado conectaria a fonte diretamente ao capacitor e ao eletrodo, gerando um grande curto. Inverter o diodo permite que a corrente armazenada em L seja dissipada em R e não gera um curto. Na figura a indutância do cabo + eletrodo + peça está na posição errada, o certo seria entre o capacitor e o gap.

Estou sugerindo um outro circuito que coloquei na sequência. Onde:

R2 e C2 correspondem ao cabo + eletrodo e peça 
R1 e L1 são o resistor de carga e L1 um indutor auxiliar ("sugestão minha"), e que pode ajudar a minimizar a corrente em R1 no momento da descarga, diminuindo a dissipação e potência deste resistor.

D1 permite limitar a tensão em C para não ser maior que a da fonte, e D2 retorna a corrente armazenada em L2 de volta ao Gap. Não sei se isso melhora no aspecto do processo da descarga, pois vai jogar mais energia no gap, o que pode piorar o acabamento.

Offline minilathe

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #86 Online: 20 de Julho de 2009, 12:17 »

Acho que esqueci do circuito que estou sugerindo.

Offline minilathe

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #87 Online: 20 de Julho de 2009, 12:24 »

Me enganei em relação a L1, que foi colocado no circuito para a linearização da taxa de carga do capacitor, que seria exponencial apenas com o resistor.

Offline minilathe

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #88 Online: 20 de Julho de 2009, 14:48 »


Eu usei uma chave com resistência série de 1 ohm para simular a descarga. Quando o sinal no canal B está ON (linha amarela está em nível alto), há uma descarga. A linha azul é a tensão no capacitor e no eletrodo (sem considerar as perdas e indutância parasita).

Para ilustrar melhor o que eu disse, segue uma simulação. Do modelo de EDM com indutor de linearização (L1) com e sem D1. Com diodo a tensão aumenta quase que linearmente. Sem D1 a tensão aumenta além da tensão de entrada, que poderia danificar o capacitor, porém, na prática, haverá nova ionização no gap e a tensão ficará limitada.

Offline F.Gilii

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Re: eletroerosão caseira
« Resposta #89 Online: 20 de Julho de 2009, 16:48 »
Se você diz que funciona, quem sou eu pra duvidar... :)

Só achei o formato de onda meio diferente do que é mostrado nos livros que temos acesso - neste documento espanhol, é mostrado algo um tanto diferente.

Me pareceu que o formato de onda do livro é muitoparecido com o que conhecemos num acionamento pwm de motor de passo.

O que mudou é que há um período onde a corrente sobe muito e deve ser nesse momento que há a descarga, e depois a corrente cai (e se mantém estável, ou contínua) por um período de tempo grande, e por fim cai a zero de novo, dando tempo ao dielétrico a se refazer...

No seu circuito eu ví um pulso com uma certa duração, e ele cai a zero de novo...só achei diferente.
« Última modificação: 20 de Julho de 2009, 16:52 por fgilii »

 

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