Autor Tópico: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987  (Lida 54679 vezes)

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Offline Ivan

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #120 Online: 28 de Setembro de 2009, 23:38 »
Que legal Edson, parabéns pelo trabalho caprichado e - principalmente - por mais uma vez ter materializado uma idéia.
Se for pra usar a sério, entendo que a pré-carga da mola precisa ser maior do que os esforços axiais a que a porca estará sujeita. Caso contrário, ela cederá durante a usinagem (de forma variável, com as variações inerentes à usinagem), causando variação no diâmetro da peça usinada.
Essa pré-carga aumentará a força necessária para girar o fuso, mesmo que em condições sem carga. E, dependendo dos materiais, pode acelerar o desgaste do fuso (não que seja uma preocupação nesse seu caso  :) )

Offline mulapreta

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #121 Online: 29 de Setembro de 2009, 22:44 »
Que legal Edson, parabéns pelo trabalho caprichado e - principalmente - por mais uma vez ter materializado uma idéia.


Grato pela atenção de comentar.


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Se for pra usar a sério, entendo que a pré-carga da mola precisa ser maior do que os esforços axiais a que a porca estará sujeita. Caso contrário, ela cederá durante a usinagem (de forma variável, com as variações inerentes à usinagem), causando variação no diâmetro da peça usinada.
Essa pré-carga aumentará a força necessária para girar o fuso, mesmo que em condições sem carga. E, dependendo dos materiais, pode acelerar o desgaste do fuso (não que seja uma preocupação nesse seu caso  :) )

Agradeço suas observações, contudo, queria lembrar que essa porca é construída com 2 (duas) secção.

Uma secção trata-se de uma porca comum (3/4 do tamanho da porca original) sem cortes longitudinais.
A segunda secção trata-se da continuação da porca com diâmetro externo menor e com os cortes longitudinais para que ela se torne flexível na ponta da porca total.

Ora, se as partes (porca e fuso) que se encostam são os flancos das roscas, só a primeira secção já daria conta do recado (todas as porcas dos torninhos Joinvile são iguais). O problema é que essas porcas têm uma folga própria da construção (é só pegar o fuso introduzir na porca e verificar que existe certo jogo entre eles).

Essa minha porca, que somente adicionei uma secção com rosca cortada na longitude, elimina esse "jogo", deixando a porca e o fuso mais firme e o que é muito importante também, o fuso passa a girar mais macio.

Dessa forma, penso que o esforço mencionado só se daria se a porca fosse feita unicamente com a segunda secção.

Gostaria que comentasse esse poste, visto que essa porca esta em experiência e suas observações são muito importantes.


Grato

Edson


Offline minilathe

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #122 Online: 30 de Setembro de 2009, 02:51 »
Vendo a solução da porca em poliacetal, conforme o Ivan comentou, acredito que possa apresentar algum tipo de imprecisão devido a deformação com esforços mais intensos.

Assim, segue uma sugestão baseada em algumas fresadoras chinesas, uma porca de bronze ou latão bipartida no sentido transversal ao eixo do fuso (bloco central na foto). A porca é provida de um ou dois parafusos, para eliminar a folga no fuso.
« Última modificação: 30 de Setembro de 2009, 06:24 por minilathe »

Offline Ivan

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #123 Online: 30 de Setembro de 2009, 13:59 »
Edson,
Não vi como você fixou a peça de poliacetal na casinha de alumínio, mas entendo que o comentário abaixo está valendo.
Não estou "vendo a porca com a mão" (que, para estas coisas, enxerga muito melhor do que o olho  :) ), mas este é meu entendimento da coisa:

Imagine que você pegou a parte sólida da porca (sem cortes longitudinais) e cortou fora a rosca dela. Ou seja, agora só tem rosca na parte fendida onde age a mola. Desde que a peça de poliacetal esteja fixada no alojamento de alumínio (e este ao carro), ela continua funcionando como uma porca - mas os esforços fazem com que haja compressão da mola, e alguma abertura da porca - causando deslocamento da peça.

Agora coloque de volta as roscas na parte sólida. Ainda assim, ela continua funcionando como acima, pois a mola faz com que os fios da parte fendida da porca centralizem nos fios da rosca do fuso, encostando dos dois lados dos flancos.
A parte sólida só aparece quando há um esforço que faça com que a mola ceda - aí os flancos do fuso vão dar encosto na porca sólida. Só que com isso o carro se moveu (simplificando ao extremo, uma distância igual à metade da folga da parte sólida da porca). Pode parecer pouco ou imperceptível, mas se for qualquer coisa maior que um centésimo de mm entendo que é uma "pioria", pois é comum trabalhar com tolerâncias inferiores a 5 centésimos (sem falar em possíveis reflexos no acabamento superficial).

Se você conseguir garantir que  os flancos da porca sólida são o batente de um lado e os flancos da porca fendida são o batente do outro, e de modo que os flancos da porca sólida segurem os esforços de torneamento contra o operador (principais), e se usar um material que resulte em uma rigidez da parte sólida da porca comparável à de uma porca também sólida de bronze, aí entendo que se trata de uma melhoria em relação à condição original do torno - mesma rigidez no sentido dos esforços principais e algum ganho de rigidez no oposto (pois só havia folga).

Mas a forma mais simples de obter isso é com uma porca de bronze com 2 partes (sem cortes longitudinais), separadas ou por mola (para fusos desgastados) ou por parafusos de afastamento (mais rígida, mas com variação de folga em um fuso desgastado). Aí se garante que cada pedaço seja encosto em um lado dos flancos.

Não sei se consegui me expressar, se quiser quando tiver tempo tento fazer um desenhinho.

Gil,
essa solução da porca seccionada sem molas é a de que mais gosto, é usada em várias máquinas. Mas prefiro ela seccionada por inteiro, e não só parcial como no post. Anexo um procedimento de ajuste da porca de uma Bridgeport. Existem esquemas ainda mais simples de adaptar, como uma seção menor da porca fixada por 3 parafusos com mais 3 parafusos de afastamento.
« Última modificação: 30 de Setembro de 2009, 14:08 por Ivan »

Offline Ivan

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #124 Online: 30 de Setembro de 2009, 21:54 »
Vale lembrar que você tem aí a coisa em mãos. Mais vale uma avaliação prática do que uma masturbação aristotélica. :)
Se funcionar bem, funciona bem, ué.

Já tentou alguns passes em diferentes profundidades de corte, e avaliar a uniformidade do diâmetro? O inconveniente disso é que o correto seria repetir com a porca antiga, para separ imprecisões do torno das possíveis consequências da porca.

Para mim, quanto mais duro o material (1045 pra cima) e mais profundo o passe, melhor para avaliar.

Offline mulapreta

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #125 Online: 01 de Outubro de 2009, 01:28 »
Ivan,

Após ler seu comentário, vou responder agora as partes mais fáceis as mais difíceis vou respondendo a medida da conclusão das etapas dos testes:

A porca foi presa à jaqueta por compressão e um pino transpassando a jaqueta e a própria porca na parte sólida.

Com relação ao esforço da parte fendida, que poderá causar desgastes e até "saltos". Isso poderá acontecer, porém, como o poliacetal é um material novo e pelas informações favoráveis motivou-me a colocar em prática esse material para testar sua aplicação nesse tipo de peça que exige esforço.

Como eu disse anteriormente testei esse processo fazendo uma amostra de porca em metal, que se mostrou bem satisfatória. Isso aumentaria a segurança de não causar "pulos" ou desgastes na porca ou fuso.

Como sabemos desgastes sempre haverá de existir, mas será muito, mas muito mais fácil fazer uma nova porca em poliacetal que uma nova igual a original (sabemos que a fábrica não mais existe). o problema é saber o quanto essa porca durará? Isso só o tempo dirá.

O importante mesmo é fazer como você disse: Trabalhar com  o torno esforçando o máximo para ver até onde vai a precisão e confiabilidade do material

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e se usar um material que resulte em uma rigidez da parte sólida da porca comparável à de uma porca também sólida de bronze, aí entendo que se trata de uma melhoria em relação à condição original do torno - mesma rigidez no sentido dos esforços principais e algum ganho de rigidez no oposto (pois só havia folga).


Esse será meu objetivo posterior. Farei uma porca igual a que fiz de poliacetal e trocarei para ver como é que ela se comporta.


Grato pelas informações e continuarei os testes e informando os resultados.

Edson

Offline mulapreta

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #126 Online: 08 de Outubro de 2009, 22:19 »
Finalmente terminei de fazer o novo fuso.

Como o Ivan havia dito anteriormente, o velho estava bem gasto mesmo.

Agora testarei o novo fuso com a porca de Poliacetal para ver no que dá.


Offline Ivan

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #127 Online: 08 de Outubro de 2009, 22:40 »
Legal,
você fez com flancos mais largos para entrar justo na porca de bronze ou tentou fazer similar ao original?
Você usou a luneta móvel ao abrir a rosca? Qual material foi usado no fuso?

Offline mulapreta

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #128 Online: 09 de Outubro de 2009, 00:47 »
Legal,
você fez com flancos mais largos para entrar justo na porca de bronze ou tentou fazer similar ao original?
Você usou a luneta móvel ao abrir a rosca? Qual material foi usado no fuso?

Saiu mais largo porque sou marinheiro de primeira viagem. É a primeira rosca Trapezoidal e contraria (Mão esquerda) que faço, nem sei como saiu mais ou menos bem feita. O problema foi afiar a ferramenta. Procurei um Escantilhão trapezoidal de 30º mas não achei. Usei mesmo o transferidos mecânico que você postou em outro tópico, mas como estou meio velho a vista não mais ajuda, assim a ferramenta de corte saiu meia boca.

Experimentando a porca original parece que ficou muito melhor assentada e com pouco "jogo". mas vou insistir na porca de Poliacetal, pois, como lhe falei, será uma experiência. depois voltarei a usar a original.

Para fazer, retirei o fuso velho e travei o carro transversal com os parafusos de regular a régua e utilizei o carro porta ferramentas, também chamado de luneta composta como se fosse o carro transversal. Como você sabe, nosso torno faz rosca em milímetro e polegadas e direita e esquerda. Fui dando passes de 0,10 mm. utilizando fluido de usinagem.

O que eu chamo de Luneta Móvel é aquela peça que é fixada no carro móvel que tem dois encosto para evitar que os eixos compridos flambem, essa eu não usei porque conforme ia usinando a peça ficava com muita rebarba e danificava a ponta de bronze do encosto da luneta. (estou pensando em adaptar um pequeno rolamento no lugar da ponta  de bronze).

Outra coisa: Como não tenho prática em tornearia, depois de ajustar as peças e engranar a porca bipartida, amarrei um cordão na alavanca para evitar que eu desengatasse a porca em lugar de desligar o motor quando a ferramenta chegava no final e começo da rosca.






Offline Arivaldo

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #129 Online: 09 de Outubro de 2009, 10:36 »
Você usou a (edit: serra circular) ao abrir a rosca? Qual material foi usado no fuso?

Poxa, eu nem sabia que era possível fazer roscas e fusos usando numa serra circular...
Ensina aí, Edson.

Brincadeira (eu não resisti!), mas estou acompanhando com atenção, desde que vi a tal rosca, auto-ajustada, do Jorge CNC (calma... é a de plástico, não a outra...)

Offline Ivan

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #130 Online: 09 de Outubro de 2009, 21:24 »
Edson,
nos primeiros que tentei abrir sem usar luneta, tive dificuldade com rebarba e com uniformidade. Como a seção do cavaco é muito grande - pois avançando perpendicular com ferramenta única, corta ao mesmo tempo os dois flancos e o "vale" - a peça fica tentando escapar do corte, especialmente no meio. E quando corta, tira um bife enorme que deixa rebarba e um acabamento muito irregular de que não gostei.
Fiquei satisfeito com os resultados usando aço 1213 (ressulfurado), custa quase o mesmo que 1020, tem as mesmas propriedades mecânicas e é de corte fácil. Não gosto de apelar  ;D, mas pra essa finalidade a vantagem é que ele usina em cavacos curtos, sem deixar rebarba. Aí você pode usar a luneta seguidora (ou luneta móvel), que garante uniformidade na rosca inteira.
Como você está em São Paulo, deve até conseguir 12L14, de corte ainda mais fácil (ressulfurado e com chumbo - atente para o L) ou o 1144, um médio carbono de corte fácil, com propriedades mecânicas similares às do 1045, aceita até têmpera - esses eu não encontro por aqui.

Gostei do cordão, é realmente difícil evitar a ação condicionada de abrir a porca... :)
« Última modificação: 09 de Outubro de 2009, 21:32 por Ivan »

Offline mulapreta

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #131 Online: 10 de Outubro de 2009, 00:24 »
Ivan,

Exatamente como você falou, sem a luneta a peça tem tendência a querer remontar na ferramenta na metade da rosca. Como fiquei com receio disso acontecer dei passo de 0,10 mm., mas mesmo assim, quando chegava no meio eu escutava uns "trac's" meio esquisito (Dava até para ver, nessa hora, a peça querer subir na ferramenta). Aí lembrei que tenho uma lata de fluido (muito fedida) para fazer roscas e usinagem e passeia a pingar um pouco na peça, então houve uma transformação no corte, não fez mais os "trac's" e o corte passou a ser mais macio, mas continuei nos 0,10 mm. (Foram quase 30 passadas de vai-e-vem).

Não tive problemas de flambar, talvez por não forçar muito no corte. A rebarba debito mais na conta da má afiação da ferramenta.

Vou procurar esses materiais que você indicou e fazer uma nova rosca para o carro superior ((Luneta Composta ou Carro porta Ferramenta) sei lá o nome certo dessa peça) que também precisa de reparos.

Com relação ao cordão, foi de uma ajuda extrema porque no início ao invés de mover a alavanca da chave do motor eu abria a porca bi-partida, aí você sabe como é trabalhoso regular a posição certa da rosca.

Como tive que regular a posição da rosca várias vezes, e não podia regular manipulando o carro superior tive que descobrir outro método para isso. Então , recolhia um pouco o contra ponta, folgava, também, um pouco as castanhas, ligava o torno e ia acompanhando a posição da ferramenta em relação à rosca e ia girando o contra ponta, afundando a peça na placa até as posições da ferramenta e rosca coincidirem, aí parava o torno, apertava bem as castanhas e assim conseguia regular a posição certa da rosca.


Poxa, eu nem sabia que era possível fazer roscas e fusos usando numa serra circular...
Ensina aí, Edson.


Por incrível que pareça você quase acertou, no fuso eu não usei a serra circular não, mas na porca de poliacetal eu usei sim para fazer os cortes transversais. (espero que ninguém faça isso. É muito perigoso)


Abrigado por acompanhar com interesse essa loucura...  :D :D :D


Abraços

Edson


Dv

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #132 Online: 20 de Novembro de 2009, 17:44 »
Pedro,
tem certeza que é 217 de 1987? não é 1978? Até onde sabia, os 217 (com avanço transversal automatico) e os 117 (sem avanço transversal automático) R (sem caixa) e RCN (com caixa Norton) só foram fabricados até meados da década de 70. Depois, foram substituídos pelo TM127. Eu tenho um 217R.

Agradeço se vc pudesse postar uma foto dele e da plaqueta dele.

Este é o desenho do cabeçote dele (117, 217 e 127, são iguais, só mudou a estética do fundido no 127).
http://images1.fotopic.net/?iid=yudhej&outx=600&noresize=1&nostamp=1

O eixo sai pela frente, sobre o barramento.

1 - Remova as tampas das 2 pontas
2 - Remova o parafuso de trava e solte a porca de aperto do rolamento cônico dianteiro (atrás dos rolamentos dianteiros)
3 - Solte o parafuso da trava da polia/rolamento traseiro (à frente do rolamento traseiro)
4 - Remova o parafuso da polia (na verdade, é um bujão para engraxar, mas só pra garantir)
5 - Bata na bunda do eixo com muito carinho. Use um calço de madeira. NÃO BATA COM A MARRETA NO EIXO. :)

A parte mais chata é uma chaveta que segura a engrenagem grande dianteira, ela vai soltar ao dar encosto na parte da frente. Pode tentar um WD40 nessa chaveta que mal não faz.

Sugestões:
Use uma correia boa (ex. goodyear) pra não se incomodar tão cedo depois.
Inspecione os rolamentos, principalmente o cônico dianteiro, veja se os roletes estão 100% íntegros. Lave os rolamentos com querosene e renove com uma graxa boa (da SKF, NSK, Graxazul etc). Não entupa de graxa, o correto é 1/3 do volume total. Não fique girando sem a lubrificação.
Reengraxe também a parte interna da polia, onde faz contato com o eixo.
Antes de montar, veja se não tem nenhuma sujeira ou rebarba nos alojamentos, e passe um óleo para montar.
No fim da montagem, dê umas pancadas no eixo pela frente (mesmo cuidado) para ele ir até o final.

Ola a todos, eu confesso nao conhecer muito de tornearia, mas eu começo um curso de torneiro, pelo senai aqui da minha cidade em janeiro...

o detalhe é que eu já comprei de um amigo um Joiville 217 rcn, que estava pararado a mais de 3 anos, completamente empoeirado. com a ajuda dos colegas, com informaçoes postadas aqui estou fazendo a limpeza, pois quero deixa-lo prontinho para treinar o que será aprendido no curso...

o detalhe é que constatei algumas irregularidade: 1º a engrenagem maior aquela que trava na polia escalonada, na arvore do cabeçote fixo, está com alguns dentes quebrados, entao eu vou fazer a subistituçao da mesma, porém nao estou conseguindo retirar a placa, juntamente com o flage para ter acesso a tampa do rolamento frontal....

2º como mensionado sobre a engrenagem com os dentes quebrados, possui outra nemor que tambem esta com alguns dentes quebrados, é a do carritel que é paralela ao eixo arvore, presa a uma alavanca, tambem nao estou conseguindo soltar o eixo com a alavanca e o carritel...

3º a guia do carro porta ferramenta possui uma folga, alias ferias, de mais ou menos 3mm, no carro trasnversal eu observei que ela tambem possia um folga mas foi consertada com uma pequena haste usinada preenchendo toda folga onde eu peço para consertar esse problema? alias como se chama o conserto?

4º eu nao sei para o que serve um parafuso, que ja veio solto. fica localizado na sup. e de engrenagem (avental do torno) enfrente ao parafuso allen da direita, que fecha a caixa e do lado esquerdo proximo do indicador de rosca... hje é o primeiro dia que eu uso o forum e nao sei ainda como postar fotos, enfim mas prometo daki alguns dias saber manejar melhor o forum... pois o adorei!!!

peço ajuda a todos, para meu começo na area de tornearia, e prometo a iniciar o novo ano, terei mais capacidade de discutir com clareza as minhas dúvidas no forum.... desde já agradeço.

Offline Ivan

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #133 Online: 20 de Novembro de 2009, 21:28 »
1º a engrenagem maior aquela que trava na polia escalonada, na arvore do cabeçote fixo, está com alguns dentes quebrados, entao eu vou fazer a subistituçao da mesma,
olá Diego, compre na riosulense que é a solução mais econômica. Os contatos e manual vc já deve ter visto em tópicos por aqui. Conte o número de dentes e confira se as engrenagens têm dentes retos ou helicoidais - até dada altura (fins déc. 60?) as engrenagens eram de dentes retos.
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porém nao estou conseguindo retirar a placa, juntamente com o flage para ter acesso a tampa do rolamento frontal....
Se tiver meios para isso, aqueça a flange - pra evitar problema, algo delicado, como um soprador térmico ou um maçarico de gás usado com muita delicadeza. Trave o eixo-árvore acionando a alavanca de redução mas não liberando o pino da engrenagem grande. Se tiver uma chave de corrente ou de correia (aquelas usadas pra soltar filtros etc) passe em volta da placa e gire. Se não tiver, remova as castanhas da placa e coloque alguma coisa de metal macio no canal de uma castanha faça alavanca. Há jeitos mais broncos, como usar uma barra de aço travada lateralmente nas castanhas, ou enfiar a chave na placa e socar a marreta, mas há risco de forçar a espiral da placa ou danificar uma engrenagem cônica.
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2º como mensionado sobre a engrenagem com os dentes quebrados, possui outra nemor que tambem esta com alguns dentes quebrados, é a do carritel que é paralela ao eixo arvore, presa a uma alavanca, tambem nao estou conseguindo soltar o eixo com a alavanca e o carritel...
O eixo é travado com pinos cônicos, já removeu?
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3º a guia do carro porta ferramenta possui uma folga, alias ferias, de mais ou menos 3mm, no carro trasnversal eu observei que ela tambem possia um folga mas foi consertada com uma pequena haste usinada preenchendo toda folga onde eu peço para consertar esse problema? alias como se chama o conserto?
Não sei se é isso, mas se for uma peça chata e comprida é a régua do carro, e pelo que vc descreve talvez esteja faltando a régua do carro superior. Deveria haver uma em cada, é a forma mais comum de ajustar folgas em guias rabo-de-andorinha. Não tente colar os parafusos pra tirar a folga, vai machucar a guia. Seria bom se vc colocasse fotos.
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4º eu nao sei para o que serve um parafuso, que ja veio solto. fica localizado na sup. e de engrenagem (avental do torno) enfrente ao parafuso allen da direita, que fecha a caixa e do lado esquerdo proximo do indicador de rosca...
Se for o que estou pensando, esse parafuso puxa um bloco que monta por baixo, e serve para travar o carro longitudinalmente (para operações de faceamento).
Se não conseguir postar fotos, sugiro que baixe os manuais do TM127 e do TR600, assim fica mais fácil falar na peça tal do desenho tal.

Dv

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #134 Online: 23 de Novembro de 2009, 16:35 »
1º a engrenagem maior aquela que trava na polia escalonada, na arvore do cabeçote fixo, está com alguns dentes quebrados, entao eu vou fazer a subistituçao da mesma,
olá Diego, compre na riosulense que é a solução mais econômica. Os contatos e manual vc já deve ter visto em tópicos por aqui. Conte o número de dentes e confira se as engrenagens têm dentes retos ou helicoidais - até dada altura (fins déc. 60?) as engrenagens eram de dentes retos.
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porém nao estou conseguindo retirar a placa, juntamente com o flage para ter acesso a tampa do rolamento frontal....
Se tiver meios para isso, aqueça a flange - pra evitar problema, algo delicado, como um soprador térmico ou um maçarico de gás usado com muita delicadeza. Trave o eixo-árvore acionando a alavanca de redução mas não liberando o pino da engrenagem grande. Se tiver uma chave de corrente ou de correia (aquelas usadas pra soltar filtros etc) passe em volta da placa e gire. Se não tiver, remova as castanhas da placa e coloque alguma coisa de metal macio no canal de uma castanha faça alavanca. Há jeitos mais broncos, como usar uma barra de aço travada lateralmente nas castanhas, ou enfiar a chave na placa e socar a marreta, mas há risco de forçar a espiral da placa ou danificar uma engrenagem cônica.
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2º como mensionado sobre a engrenagem com os dentes quebrados, possui outra nemor que tambem esta com alguns dentes quebrados, é a do carritel que é paralela ao eixo arvore, presa a uma alavanca, tambem nao estou conseguindo soltar o eixo com a alavanca e o carritel...
O eixo é travado com pinos cônicos, já removeu?
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3º a guia do carro porta ferramenta possui uma folga, alias ferias, de mais ou menos 3mm, no carro trasnversal eu observei que ela tambem possia um folga mas foi consertada com uma pequena haste usinada preenchendo toda folga onde eu peço para consertar esse problema? alias como se chama o conserto?
Não sei se é isso, mas se for uma peça chata e comprida é a régua do carro, e pelo que vc descreve talvez esteja faltando a régua do carro superior. Deveria haver uma em cada, é a forma mais comum de ajustar folgas em guias rabo-de-andorinha. Não tente colar os parafusos pra tirar a folga, vai machucar a guia. Seria bom se vc colocasse fotos.
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4º eu nao sei para o que serve um parafuso, que ja veio solto. fica localizado na sup. e de engrenagem (avental do torno) enfrente ao parafuso allen da direita, que fecha a caixa e do lado esquerdo proximo do indicador de rosca...
Se for o que estou pensando, esse parafuso puxa um bloco que monta por baixo, e serve para travar o carro longitudinalmente (para operações de faceamento).
Se não conseguir postar fotos, sugiro que baixe os manuais do TM127 e do TR600, assim fica mais fácil falar na peça tal do desenho tal.
« Última modificação: 23 de Novembro de 2009, 17:00 por Dv »

 

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