Autor Tópico: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987  (Lida 54668 vezes)

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Offline F.Gilii

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #75 Online: 18 de Agosto de 2009, 18:15 »
Não é purismo não - eu também gosto muito de fazer estas analogias com as máquinas básicas e realmente é difícil descrever este tipo de acoplamento...

To procurando um excelente artigo feito para leigos (não é seu caso) que mostra bem este tipo de mecanismo, e se me lembro continha uma imagem simples e linda de como se poderia interpretar usando as máquinas básicas...

Se encontrar te mostro, até pela beleza do desenho em bico de pena...

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #76 Online: 18 de Agosto de 2009, 18:44 »
... sua conclusão está certa ...

Folgo em saber !  ;D

Uma maneira de implementar a coisa, a mais óbvia pra mim, seria por meio de dois encoders, um pro carro, outro pro fuso ... imagino que um encoder de, digamos, 254 ppr não seja difícil de construir e resolveria o prob das roscas métricas, oferecendo resolução suficiente mesmo pra roscas bem finas ...

Ainda tô longe de saber se é vantajoso comparado ao indicador puramente mecânico, mas ainda acho que a idéia merece amadurecimento ... no mínimo aprendemos alguma coisa e/ou compreendemos melhor o prob ...

Offline marc0

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #77 Online: 18 de Agosto de 2009, 18:47 »
Olá Fábio;
O Acoplamento que propus inicialmente foi axial de relação fixa devido ao reduzido tamanho e simplicidade (mas de acurada tolerância dimensional).
Divagando um pouco mais acho que seria possível uma relação axial variável semelhante às "prensas de fricçào" para ajuste do "passo", como nesse caso o escorregamento seria maior, e um sistema anti escorregamento tenderia complexo, custoso, volumoso e de eficácia duvidosa.
Abraços...

Offline Ivan

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #78 Online: 18 de Agosto de 2009, 19:00 »
Ivan, até onde posso ver, é imprescindível vincular a posição do carro com a do fuso e esse vínculo é perdido quando a porca bipartida é aberta, o carro desacoplado do fuso e movimentado pra outra posição qualquer. Não bastaria conhecer a posição do fuso apenas, é preciso correlacioná-la com a do carro.
Mas o conjuntinho fica preso ao carro. Quando o carro anda pra lá, acelera o indicador (o contador de ângulo anda mais rápido). Quando o carro anda pra cá, desacelera/volta o indicador. Igual ao indicador convencional, ué.

Digamos que, para a rosca que você escolheu, o encoder tenha que girar 2,13 (qq número) vezes para cada repetição. Ele divide essas 2,13 voltas em um número qualquer (digamos 360) e fica indicando o valor restante (ou um ponteiro). Ao movimentar o carro para a direita, a contagem vai andar mais rápido. Ao movimentar para a esquerda, a contagem irá mais devagar (ou mesmo voltar).
Depois de iniciado, desde que não seja interrompido e nem se mexa na grade de engrenagens, a porca pode ser aberta ou fechada quantas vezes quiser, o carro movimentado para onde quiser, o torno desligado, nada muda. E usa só um encoder.

Na verdade, nada mais é do que um indicador convencional, no qual você "configura" a engrenagem e o mostrador para cada rosca.

Na parte mecânica, seja eletrônico ou não, eu usaria somente engrenagens (ou rodas dentadas etc). Fazer isso com relação de tamanhos acho bem complicado. O erro de posicionamento vai se acumulando, e numa rosca demorada isso pode ir crescendo bastante.
« Última modificação: 18 de Agosto de 2009, 19:14 por Ivan »

Offline F.Gilii

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #79 Online: 18 de Agosto de 2009, 19:05 »
Divagando um pouco mais acho que seria possível uma relação axial variável semelhante às "prensas de fricçào" para ajuste do "passo", como nesse caso o escorregamento seria maior, e um sistema anti escorregamento tenderia complexo, custoso, volumoso e de eficácia duvidosa.

Imaginei que talvez a solução mais simples seria mesmo aquela de interpor um disco que altere a relação para algum multipĺo/submultiplo de 25.4...

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #80 Online: 18 de Agosto de 2009, 19:48 »
Mas o conjuntinho fica preso ao carro.

Aaaahhhh bão ! O asno aqui entendeu que vc falava de um encoder externo, só pro fuso ... já tô indo ajoelhar no milho ... ai, ai, ai ...

PS: acho que entendi assim pq tava pensando em como viabilizar a construção de um encoder caseiro ... e como coisas pequenas são mais difíceis de fazer, pensava em um grande, digamos do tamanho de um CD ...
« Última modificação: 18 de Agosto de 2009, 19:54 por C N C N o w ! »

Offline Ivan

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #81 Online: 18 de Agosto de 2009, 21:06 »

PS: acho que entendi assim pq tava pensando em como viabilizar a construção de um encoder caseiro ... e como coisas pequenas são mais difíceis de fazer, pensava em um grande, digamos do tamanho de um CD ...
Um encoder de prateleira tem custo proibitivo? Tem idéia de ordem de grandeza do preço, pra 8 e 16 bits?

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #82 Online: 18 de Agosto de 2009, 21:27 »
Um encoder de prateleira tem custo proibitivo?

O preço intimidaria muitos ... vai de várias centenas a muitos milhares de reais ...

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Tem idéia de ordem de grandeza do preço, pra 8 e 16 bits?

Se estamos falando de encoders absolutos, acho que não valeria a pena, os mais baratos certamente têm preços com quatro dígitos pelo menos... os incrementais, já adequados ao caso em discussão, são bem mais baratos, a partir de algumas centenas de lulas ...

Acho que para a maioria não seria compensador não ...

Existe tb a possibilidade de encontrar na sucata industrial ou de aproveitar encoders de impressoras, por exemplo ...


Offline marc0

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #83 Online: 19 de Agosto de 2009, 00:52 »
Uma ilustração:


Offline Ivan

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #84 Online: 19 de Agosto de 2009, 08:35 »
Há que atentar que não basta converter a indicação no mostrador para polegada, a posição indicada de fechamento precisa ser múltiplo da rosca a ser aberta e do passo do fuso também - caso contrário, na posição marcada a porca não fecha (fecha na próxima, que está fora de lugar e abre uma outra rosca).

Ou seja, até onde entendo, no torno do Gilii para abrir uma rosca em polegada nada muda o fato de que o menor deslocamento entre uma indicação e outra é de 381mm (= 15 polegadas). Esta distância (e o longo tempo de espera) não são alteradas com o desenho mecânico ou eletrônico do indicador.

No exemplo acima, de 20 tpi, há 300 passos da rosca desejada em 381mm, mas há apenas 127 pontos em que a porca bipartida encaixa no fuso. Não dá pra arbitrar pontos intermediários.

Sei que a ilustração acima é só pra dar uma idéia, mas só como exemplo. Supondo que este indicador esteja montado para indicar 1 polegada por volta no mostrador(engrenagem 12 dentes e rodas de deslizamento com relação 1:0,706).
Para abrir uma rosca em polegada, o operador vai ter que contar 15 voltas do mostrador entre cada posição de fechamento.
Nas outras 14 voltas a posição é múltipla da rosca a abrir, mas não é uma posição de fechamento das porcas no fuso.

Offline Arivaldo

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #85 Online: 19 de Agosto de 2009, 09:05 »
numa transmissão feita por "sem fim e coroa" podemos considerar que o sem fim é uma engrenagem de um dente só ...

Tá explicado mas não tô convencido ... me soa muito mal, muito forçado ...

PITACOS !  PITACOS !  que não são de Piracicaba...

Tentando forçar mais, para tentar "desforçar":  numa relação entre engrenagens, toma-se como referência a "quantidade" de dentes (ou passos), acionados em cada revolução do elemento.

Como um fuso (de uma entrada) "avança" um passo (dente) por cada volta, fica (para mim) fácil de entendê-lo como "uma engrenagem de um só dente", para fins de cálculo da relação de engrenagens.

Desculpe o OFF, mas ficou tão claro como aquele lindo filme que o Nobre Jorge postou sobre o funcionamento do diferencial: bastou reduzir a engrenagem a apenas uma vareta para "clarear" esta cachola obtusa.

Obrigado pela atenção e desculpem o off, pois nem sei do que vocês estào tratando... kkkk

Offline C N C N o w !

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #86 Online: 19 de Agosto de 2009, 09:40 »
Como um fuso (de uma entrada) "avança" um passo (dente) por cada volta, fica (para mim) fácil de entendê-lo como "uma engrenagem de um só dente",

Vindo do meu baiano de estimação fico muito mais propenso a aceitar ... he, he, he ...  ;D ;D ;D

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #87 Online: 19 de Agosto de 2009, 09:44 »
Há que atentar que não basta converter a indicação no mostrador para polegada, a posição indicada de fechamento precisa ser múltiplo da rosca a ser aberta e do passo do fuso também - caso contrário, na posição marcada a porca não fecha (fecha na próxima, que está fora de lugar e abre uma outra rosca).

Muito legal Ivan ! Tá ficando cada vez mais claro ...

Se bem tô entendendo, em casos como o do torninho do Fábio o indicador não vale a pena, né ?

Offline F.Gilii

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #88 Online: 19 de Agosto de 2009, 09:48 »
Ivan,

Mas e se o tal adaptador de disco, ao invés de ir para os 381mm não vá ao contrário - por exemplo que tente converter o passo de 3mm para 3,175, que é o equivalente a 8 fios/polegada?

Offline Ivan

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Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
« Resposta #89 Online: 19 de Agosto de 2009, 10:23 »
Gilii,
não sei se entendi direito, mas acho que esse adaptador que o Enoch sugeriu faria isso mesmo. Cada volta do indicador é 25,4mm (1 polegada), com o mostrador dividido em 8, cada divisão é 3,175mm (8 por polegada).
Mas isso nada faz pela limitação física da necessidade de coincidir o passo da rosca com uma posição de encaixe da porca bipartida no fuso.

Jorge,
não diria que o indicador no torno do Gilii não vale à pena, mas sim que um indicador dedicado para polegada não vale à pena. Eu faria:
- ou um indicador mecânico para mm com 2 engrenagens (20 e 21, desprezando 27d). Este faria somente as roscas em mm mais usuais que mencionei.
- ou um indicador eletrônico que faria todas as roscas em mm com somente uma engrenagem e um encoder. Neste caso, seria pouco serviço implementar adicionalmente as roscas em polegada.

Na segunda alternativa, há formas de reduzir o tempo de espera para uso em polegada - por exemplo, usar a chave de reversão do motor para voltar para a marca, ao invés de esperar a próxima marca.

 

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