Autor Tópico: Manutenção de motor de passo  (Lida 30142 vezes)

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Offline Ivan

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #120 Online: 13 de Outubro de 2009, 08:47 »
Algumas dúvidas:

O banco de capacitores pode ser uma associação de capacitores de poliester (100 x 0.1uF em paralelo). Acredito que eletrolíticos não aguentem o curto, mas pode tentar (com vários em paralelo, mais de 10), mas cuidado para não estourarem.
A energia armazenada nos capacitores com o valor que sugeriu (10uF) é de menos de 1J ou é impressão minha?
Isso dá pra alguma coisa? Os menores magnetizadores que vi, trabalhando no limite inferior da faixa deles, armazenam/descarregam centenas de Joules (e mesmo estes pequenos vão a alguns milhares).
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Quem tiver alimentação trifásica, fica a sugestão de usar um retificador trifásico, que possuirá saída ainda mais estável no momento da descarga.
Então por que não usar uma ponte neste, ao invés de trabalhar em meia-onda?
OBS - Vale lembrar que no enjambro que eu usei, que possuía uma resistência muito mais alta em razão da bitola do fio, sem falar na reatância indutiva (é isso?  :) ) também imagino que mais alta (mais de 2x mais espiras), a ponte - que aguenta surto de 400A - queimou.
E pelo que procurei, diodos capazes de suportar correntes de pico desta ordem só achei a preços mais altos do que as pontes - ou seja, talvez saia mais barato trabalhar em onda completa.
Obviamente, que o encapsulamento deve ser metálico e deve possuir uma boa massa metálica / dissipador de calor.
Isso faz realmente diferença pra essa duração de pulso?
Nesse modo, a corrente que circulará na bobina magnetizadora será da descarga dos capacitores + a corrente da rede. O banco de capacitores, dependendo do valor de C1, limita a energia absorvida da rede elétrica (e consequentemente a corrente) durante a duração da descarga até a abertura de SW2.
Me perdoe a ignorância, mas o capacitor não está prestando um desserviço neste modo? (principalmente retificando somente em meia-onda)
Além disso, existe a curva de trabalho do disjuntor, que atua de maneira a acumular a energia na forma de aquecimento interno (previsto) no disjuntor, até que o contato se abra. Ou seja, no momento esperado, quando a corrente, atuando durante um certo intervalo de tempo (milissegundos), provoca a abertura de SW2.
Mas nessa situação não é o a proteção magnética que "tripa" ele? (e não a térmica)
« Última modificação: 13 de Outubro de 2009, 08:55 por Ivan »

Offline Ivan

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #121 Online: 13 de Outubro de 2009, 09:06 »
Se for 100 x 100uF (0,1mF) - que acho que daria uma energia legal - esse banquinho vai sair meio caro, não?

Offline minilathe

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #122 Online: 13 de Outubro de 2009, 09:16 »
Luciano,

me desculpe mas volto ao asunto, trabalho com fontes lineares de laser(5k watts) e em todas elas sem exeção ha um cirquito de pré carga dos capacitores para evitar esta carga instantanea e quando tive problemas neste cirquito os diodos queimavam.

Não conheço o teu circuito, mas todas as fonte chaveadas de PC possuem um dispositivo de proteção, geralmente um NTC, para que a corrente de carga dos capacitores (que estão descarregados) não sobrecarregue os diodos. Mas vou incluir sua sugestão, coloquei um resistor e um botão de carga para limitar a corrente de carga do banco de capacitores.
Esse botão deve ser acionado, antes de fechar SW1, até LP-1 acender com luz plena.

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aproveitar os 15 amperes mantendo os disjuntores ligados eu não faria, mas para compensar eu aumentaria o capacitor de descarga

Concordo em se focar no uso de descarga capacitiva.

Por outro lado, a abordagem que o Ivan usou, apesar de possuir riscos, a idéia aqui é proteger o circuito nessa abordagem, que não é absurda além de ter baixo custo. Se o disjuntor SW2 abrir conforme o esperado não há problemas, disjuntores são feitos para isso. Tenho usado essa linha de disjuntores (Siemens) e são bem confiáveis e precisos.

O circuito foi feito para ser flexivel, permitindo tres abordagens: (1) Descarga capacitiva pura; (2) Descarga direta sem capacitores; (3) Descarga combinada direta e capacitiva.

o tic 246 é um triac e não um scr
para o scr eu estou usando o n1802ns1200 com uma corrente de pico de 3000a

Eu não disse que o TIC246 é um SCR, usei a palavra tiristor, que é a mesma coisa que TRIAC (em inglês, ver http://en.wikipedia.org/wiki/Thyristor). Apenas usei o datasheet do TIC como exemplo genérico. Aliás, o TIC246 não suportaria trabalhar nesse circuito.

O SCR que voce sugeriu poderia ser usado.

Offline minilathe

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #123 Online: 13 de Outubro de 2009, 10:05 »
Ivan,

A energia armazenada nos capacitores com o valor que sugeriu (10uF) é de menos de 1J ou é impressão minha?
Isso dá pra alguma coisa? Os menores magnetizadores que vi, trabalhando no limite inferior da faixa deles, armazenam/descarregam centenas de Joules (e mesmo estes pequenos vão a alguns milhares).

Sim, com o valor de capacitância do circuito, o modo será basicamente de descarga direta.

Então por que não usar uma ponte neste, ao invés de trabalhar em meia-onda?
OBS - Vale lembrar que no enjambro que eu usei, que possuía uma resistência muito mais alta em razão da bitola do fio, sem falar na reatância indutiva (é isso?  :) ) também imagino que mais alta (mais de 2x mais espiras), a ponte - que aguenta surto de 400A - queimou.
E pelo que procurei, diodos capazes de suportar correntes de pico desta ordem só achei a preços mais altos do que as pontes - ou seja, talvez saia mais barato trabalhar em onda completa.

É melhor usar onda completa, mas também não pesquisei preços de pontes retificadoras de 25A.

Obviamente, que o encapsulamento deve ser metálico e deve possuir uma boa massa metálica / dissipador de calor.
Isso faz realmente diferença pra essa duração de pulso?

Não estimei, mas existe a duração do pulso, a capacidade térmica do semicondutor e sua resistência térmica, que vão determinar o quanto vai aquecer. O encapsulamento metálico possui resistência térmica baixa e capacidade térmica alta. Eu não arriscaria com semicondutores de encapsulamentos plásticos (TO-220 ou algo parecido). A menos que voce possa "torrar um" de vez em quando...  ;D

Nesse modo, a corrente que circulará na bobina magnetizadora será da descarga dos capacitores + a corrente da rede. O banco de capacitores, dependendo do valor de C1, limita a energia absorvida da rede elétrica (e consequentemente a corrente) durante a duração da descarga até a abertura de SW2.
Me perdoe a ignorância, mas o capacitor não está prestando um desserviço neste modo? (principalmente retificando somente em meia-onda)

Considerando que SW2 só deve abrir com centenas de ms após ser energizado, vários meio-ciclos terão decorrido, e o capacitor deverá estar totalmente descarregado. Não diria que é um desserviço, mas que ajuda muito pouco, ainda mais se tiver um valor de 10uF. Nesse caso, um retificador onda completa monofásico ou trifásico ajudaria muito.

Além disso, existe a curva de trabalho do disjuntor, que atua de maneira a acumular a energia na forma de aquecimento interno (previsto) no disjuntor, até que o contato se abra. Ou seja, no momento esperado, quando a corrente, atuando durante um certo intervalo de tempo (milissegundos), provoca a abertura de SW2.
Mas nessa situação não é o a proteção magnética que "tripa" ele? (e não a térmica)

Esses disjuntores (da Siemens) possuem uma curva de proteção que eu não saberia dizer ao certo se é implementada através de uma proteção 100% magnética, pois há uma "integração" da corrente, do tipo i2t.

Se usar um disjuntor com curva B, a corrente de abertura vai de 3 a 5 x a corrente nominal (In). E com curva C, vai de 5 a 10x In. O catálogo segue em anexo.

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Offline Ivan

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #124 Online: 14 de Outubro de 2009, 09:04 »
Sim, com o valor de capacitância do circuito, o modo será basicamente de descarga direta.
Ah, então é tipo assim ingual o que eu fiz mas com um botão, né? ;D

Só por curiosidade: em quantos A você estimou o pico de corrente que vai circular com essa bitola de fio e reatância da bobina?
« Última modificação: 14 de Outubro de 2009, 09:16 por Ivan »

Offline minilathe

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #125 Online: 14 de Outubro de 2009, 13:29 »
Ivan,

Pois é, uma versão melhorada do teu "torrador de fusível"... ;D

A corrente estimada (máxima), conforme o disjuntor de 15A, curva B (5 a 10 In), seria de 75 a 150A. Cálculo estimado: com uma tensão de 300 V, durante 8ms (um semiciclo - meia onda), serão mais do que 1500 360 Joules!!

« Última modificação: 14 de Outubro de 2009, 20:52 por minilathe »

Offline kaoalex

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #126 Online: 14 de Outubro de 2009, 14:32 »
Não seria:

P = 300 * 150 = 45000 W
W = J/s

E = 360 J

Ou estou enganado?

Offline Ivan

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #127 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:32 »
Se usar um disjuntor com curva B, a corrente de abertura vai de 3 a 5 x a corrente nominal (In). E com curva C, vai de 5 a 10x In. O catálogo segue em anexo.

As curvas começam em 0,01s, ou 10ms.
O que acontece entre 0ms e 10ms?
Dá pra ver que é uma faixa não linear, até onde sobe a corrente? (e o quanto isso importa para um semicondutor?)
Estava usando um disjuntor de 20A (que abriu), além deste abriu um de 40A no quadro. E, naturalmente, o fusível queimou e a ponte morreu.
Se pudesse considerar o ponto onde a curva cruza o eixo das abcissas, entendo que a ponte não teria queimado (mesmo considerando curva C, não olhei nele).
E entendo que na montagem que vc sugeriu, o pico de corrente tende a ser ainda mais elevado, pela menor resistência e reatância, não?

Será que eu estava com uma ponte não-conforme as especificações ou os disjuntores estavam meia-boca? (Pial Unic)
« Última modificação: 14 de Outubro de 2009, 20:52 por Ivan »

Offline minilathe

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #128 Online: 14 de Outubro de 2009, 22:28 »
Kaoalex,

Ooopsss,  errei nas contas.... :)


Ivan,


Só esclarecendo que esse circuito é um meio termo entre uma descarga capacitiva e a corrente direta. Podendo ser usado num modo apenas, com a devida proteção e baixo custo. Para limitar a corrente, estou propondo usar disjuntores de boa qualidade e de curva conhecida.

As curvas começam em 0,01s e mostram quanto tempo leva para atuar a proteção (abrir o disjuntor) numa dada corrente. Num disjuntor com curva tipo D, e corrente 25x In, levaria 0,6s (ver figura). um disjuntor de 5A abriria em 0,6s com 75A de corrente de pico, ou em menos tempo com correntes maiores.

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Acredito que sejam valores de tempo de abertura conservativos, pois já uso esses disjuntores há algum tempo, e percebo que são rápidos e precisos. É importante atentar para a qualidade do disjuntor e qual é a sua curva de atuação. Analisando as curvas, é fácil concluir que disjuntores de capacidade diferentes podem abrir no memo tempo se tiverem curvas diferentes.

A proteção utilizando disjuntores em vários níveis, consiste em ajustar (ou escolher) os tempos de abertura dos disjuntores, de modo que no nível mais alto o tempo de abertura seja maior. Obviamente, que esses tempos devem ser compatíveis, para garantir a integridade da fiação, que não deve "pegar fogo".

Para não "queimar mais nada", esses tempos devem ser compatíveis com os valores de corrente de surto x tempo dos semicondutores utilizados.

Quanto aos disjuntores que voce usou, tire as sua conclusões.... ;D

Minha instalação elétrica usa dois níveis de proteção, tenho um disjuntor de 60A associado a outros, de 15 e 25A, que já abriram, menos o de 60A.

Agora é arregaçar as mangas e testar, e se quiser pode ir aos poucos, usando inicialmente disjuntores de baixa capacidade em SW-2 (exemplo: 10A ou menor)... que venham os motores para os testes ... né Ivan??


Offline john

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #129 Online: 16 de Outubro de 2009, 14:53 »
Pesoal tenho um motor de passo da Akiyama de 15kgf que quebrou um dos contornos do furo de fixação, nesse caso, poderia se retirada a tampa (sem retirar o rotor) para poder soldar, sem alterar a magnetização? ao retirar a tampa o rotor tenderia a encostar nos campos? isso seria prejudical e teria que ser evitado?
abraço a todos

Offline luciano g

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #130 Online: 16 de Outubro de 2009, 16:59 »
comecei a brincar com o meu magnetizador hoje não esplodi nada e não queimei nada ainda.
o som que eu escuto e de uma batida metalica fui aos poucos 50v, 80,100,120 abusei 200volts e desmagnetizei mais ainda o motor valeu a  esperiencia ate agora, vou inverter a bobina que  eu montei no motor para magnetiza-lo e não o inverso que aconteceu ate agora.
bom ja atendi o telefone vou voltar a brincadeira afinal é brincando que se aprende :D :o

Offline luciano g

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #131 Online: 16 de Outubro de 2009, 17:24 »
O beleza ;D magnetizou legal com 200 volts e o barulho é igual a uma martelada.
ficou duro igual ao o outro que eu tenho
mais tarde bato a foto da traquitana e do motor de teste

Offline marc0

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #132 Online: 16 de Outubro de 2009, 17:34 »
O beleza ;D magnetizou legal com 200 volts e o barulho é igual a uma martelada.
ficou duro igual ao o outro que eu tenho
mais tarde bato a foto da traquitana e do motor de teste

Legal Luciano;

É muito bom saber que vc obteve um resultado satisfatório, mesmo que os testes não indiquem 100% já é um avanço enorme.
Vc e o Ivan estão de parabéns em não desistirem mesmo quando parecia quase impossível.

Abraços.

Offline luciano g

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #133 Online: 16 de Outubro de 2009, 18:10 »
a ideia é chegar lá,o motor esta tão duro como o outro que eu tenho, amanha farei os testes do motor.

Offline C N C N o w !

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Re: Manutenção de motor de passo
« Resposta #134 Online: 16 de Outubro de 2009, 18:30 »
... quebrou um dos contornos do furo de fixação ...

John, eu não me importaria muito com isso ... deixaria assim mesmo ... na maioria dos casos não vai afetar nada, não sei se há algum detalhe em especial no seu caso ...

 

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